Seis dias depois do segundo turno das
eleições presidenciais, houve protestos contra o PT em diversas cidades
do Brasil. O maior deles foi em São Paulo, com cerca de 20.000 pessoas, pela estimativa de quem esteve lá.
Manifestantes também marcharam em Porto Alegre, Curitiba, Brasília,
Belo Horizonte, Campo Grande, Goiânia. Alguns sites falam em protestos
em 28 cidades. É difícil dizer quantas pessoas participaram em cada
lugar. Os principais veículos da imprensa dão estimativas muito aquém da
realidade de São Paulo e ignoram completamente as outras cidades.
A pauta das manifestações é composta de quatro pontos:
1) Respeito à liberdade de imprensa.
Depois dos recentes ataques à revista Veja por causa das reportagens sobre o escândalo na Petrobras e de todas as tentativas de cerceamento da imprensa durante os governos do PT, é necessário apoiar e defender a liberdade de imprensa no Brasil.
Depois dos recentes ataques à revista Veja por causa das reportagens sobre o escândalo na Petrobras e de todas as tentativas de cerceamento da imprensa durante os governos do PT, é necessário apoiar e defender a liberdade de imprensa no Brasil.
2) Investigação do uso político dos Correios nas eleições.
Há indícios de que o Partido dos Trabalhadores se utilizou de uma estatal para obter vantagens ilícitas em uma eleição. Se o crime for comprovado, isso é base para a impugnação da candidatura de Dilma Rousseff.
Há indícios de que o Partido dos Trabalhadores se utilizou de uma estatal para obter vantagens ilícitas em uma eleição. Se o crime for comprovado, isso é base para a impugnação da candidatura de Dilma Rousseff.
3) Fim do apoio do governo do Brasil a
ditaduras e fim do financiamento de obras em países que não respeitam os
direitos humanos de sua população.
O Brasil governado pelo PT demonstrou apoio e estabeleceu cooperação com diversas ditaduras, especialmente a cubana e a venezuelana. Suas lideranças recebem dinheiro brasileiro por meio de financiamentos do BNDES e do programa Mais Médicos. Essas ligações são suspeitas do ponto de vista estratégico e financeiro e constituem uma grave ameaça à nossa democracia.
O Brasil governado pelo PT demonstrou apoio e estabeleceu cooperação com diversas ditaduras, especialmente a cubana e a venezuelana. Suas lideranças recebem dinheiro brasileiro por meio de financiamentos do BNDES e do programa Mais Médicos. Essas ligações são suspeitas do ponto de vista estratégico e financeiro e constituem uma grave ameaça à nossa democracia.
4) Prisão e cassação dos direitos políticos de todos os envolvidos com o escândalo na Petrobras.
O escândalo do Petrolão, assim como o do Mensalão, não é um simples caso de corrupção, mas uma tentativa de golpe de estado. Os responsáveis por este crime contra as instituições democráticas brasileiras devem ser punidos até as últimas conseqüências.
O escândalo do Petrolão, assim como o do Mensalão, não é um simples caso de corrupção, mas uma tentativa de golpe de estado. Os responsáveis por este crime contra as instituições democráticas brasileiras devem ser punidos até as últimas conseqüências.
Acreditando que seja possível comprovar
definitivamente a responsabilidade da presidente Dilma Rousseff pelos
crimes do Petrolão, os manifestantes defendem a abertura de um processo
de impeachment contra ela.
Não houve incidentes em nenhuma das
cidades. Diferentemente das badernas de junho de 2013, que sempre, como é
mesmo? “começavam pacíficas”, mas eram “infiltradas por vândalos”,
ninguém quebrou nada, ninguém atacou a polícia, não aconteceu nenhum
tipo de confronto nem de destruição de patrimônio público ou privado.
É um momento muito particular este que
vivemos. Pela primeira vez desde 2002, as pessoas estão de fato
mobilizadas para resistir contra o governo. Apesar da vitória nas
eleições, o PT nunca esteve tão fraco e acuado. As pessoas parecem estar
realmente cansadas de mentiras, desmandos, autoritarismo e desrespeito.
Não se sentem representadas pela oposição tíbia e hesitante que tivemos
durante estes 12 anos e não querem mais esperar. Pretendem fazer alguma
coisa para defender sua liberdade agora, não depois. Aliás, o PSDB já
se apressou em dizer que não tem mesmo nada com isso.
Salta aos olhos a tentativa da imprensa
em geral de abafar ou deturpar o que aconteceu ontem. O Jornal Nacional
não fez menção aos protestos. O Globo, a Folha e o Estadão dividem por
dez ou vinte o número de participantes e publicam fotos que fazem
parecer que a Paulista está vazia. Entre tantas pessoas com tantas
faixas diferentes, a Folha e o Estadão conseguiram entrevistar o mesmo
cidadão que pedia “intervenção militar”. Será que é isso o que queria o
restante da multidão? No UOL, a manchete é “São Paulo tem atos contra
Dilma e Alckmin”, referindo-se aos 200 petistas que foram ao Largo da
Batata promover o ato “Alckmin, cadê a água?”, dispersado pelo temporal
que caiu à tarde. Sem dúvida, 200 petistas são tão ou mais importantes
que 20.000 indivíduos sem partido. Com inimigos como esses, o governo
não precisa de amigos.
Não sei se esse movimento vai continuar e
ganhar força, mas é inédito. O governo certamente está assustado. Eles
tem fontes de informação melhores que o Jornal Nacional e a Folha de
S.Paulo.
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