quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Juiz que premia impunidade de médico desconhece esta realidade?



set 18

Por uma Saúde digna

Baixada Santista
Postado por: Michella Guijt - Editora de Cidades - 18/09/2014

Como vários serviços públicos brasileiros, a Saúde vai de mau a pior. E os problemas começam antes mesmo da primeira consulta. A resolução do próprio Conselho Federal de Medicina que determina, sob ameaça de punição, que os médicos atendam os pacientes em até duas horas nas unidades de urgência e emergência atesta a deficiência no setor.

O órgão alega que a nova regra vai proteger a categoria. Isso porque, no caso de demora - infelizmente, muito comum também nos PSs e UPAs da Baixada Santista - os médicos não estarão mais sozinhos: poderão reportar o problema ao gestor municipal.

Essa necessidade de ‘divisão’ de responsabilidades mostra que a causa da demora para o atendimento de uma emergência médica pode ser a gestão. O que, de fato, já foi denunciado em muitas unidades de saúde do Oiapoque ao Chuí. E por aqui também. Afinal, quantas matérias o leitor já leu em A Tribuna sobre filas sem fim em PSs pela falta de médicos e/ou equipamentos nessas unidades?

No caso da Prefeitura de Santos, a pasta de Saúde frisa que a nova regra não deve mudar o cenário porque a Saúde está ligada a outras questões, como a orçamentária. Ou seja, a resolução do problema demanda tempo.

Porém, a questão do atendimento da emergência médica é urgente: do outro lado dessa queda de braço está o paciente, que em muitos casos não tem tempo de ter o direito à saúde - e à vida - respeitado.

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