Devastação ambiental
Por Dr. phil. Sônia T. Felipe
Impossível esconder a verdade! Da área não tomada pelas águas nesse
planeta que devastamos, 30% hoje é destinada à agricultura para
alimentação de animais não-humanos, que consomem 70% do total de grãos e
cereais colhidos ao redor do mundo.
A carne desses animais devolve míseros percentuais do total de
proteína nela investida. No caso da carne bovina, apenas 4%. Temos quase
um bilhão de pessoas desnutridas e quase três bilhões de outras comendo
excesso de proteína animalizada. Do planeta se tira a força, cultivando
grãos e cereais com insumos e biocidas. Os animais são forçados a comer
esses grãos e cereais cheios de veneno. Adoecem. Morrem. Os que não
morrem são mortos para o corte de carnes.
As vacas são exploradas para extração diária de dezenas de litros de
leite, quando essa secreção não passa de três litros diários, o
suficiente para nutrir seu bebê. A vaca não evoluiu para prover humanos
com seu leite. Se esses o consomem, isso se deve ao fato de que eles o
roubam dos bezerros. Seus travéslas, extraído para servir à comilança humana. Se nasce macho e com
saúde, seu destino não é melhor do que o de suas irmãs fêmeas. Será
levado para a jaula, onde ficará por quatro meses. Será morto para o
consumo dos apreciadores de carne de vitela.
Tudo o que os 56 bilhões de animais abatidos por ano, comem, toda a
água que bebem, eles urinam e excretam. Aquela montanha de grãos e
cereais que custou a vida das florestas vira outra, agora de excrementos
e urinas. O ser humano, com sua dieta onívora insana, inventou a mágica
de transformação de florestas nativas em maracanãs de excrementos
espalhados pelo planeta afora, dos quais um quarto é carregado de
fósforo e três de nitrogênio. Dessa montanha, não bastasse o gás metano
já expelido pelos animais com digestão por fermentação entérica, ainda
saem mais gás metano e amônia, destruindo a pureza do ar e contribuindo
para o efeito estufa. Tudo isso é o que exala do prato centrado em
carnes, laticínios e ovos.
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